O que é o sarampo

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O sarampo é causado por vírus chamado Morbilivírus, que é transmitido pelas secreções respiratórias, como as gotículas de saliva. É uma doença facilmente transmissível, pois é disseminada pelo ar. A doença está bem controlada no Brasil e os casos que aparecem são importados ou secundários a importados.

Atualmente, nos países que conseguem manter altos níveis de cobertura vacinal, a incidência da doença é reduzida, ocorrendo em períodos cíclicos que variam entre cinco a sete anos.

O infectologista Jacyr Pasternak alerta que o sarampo pode levar a complicações sérias. A mais comum é a pneumonia, que pode ser causada pelo próprio vírus do sarampo ou por infecção bacteriana, que se aproveita da lesão do vírus no brônquio para se instalar.

Pode haver também complicações neurológicas. Além de algumas agudas, como encefalite transitória, há uma encefalite crônica que sempre evolui mal e para o óbito, embora seja rara. Ela ocorre anos depois do sarampo e é resultado da persistência do vírus no sistema nervoso central. Além disso, a doença é ainda mais grave em adultos.

Sintomas do sarampo

O sarampo tem um período de incubação de 10 a 14 dias após o contato com alguém doente. Começa com febre, falta de apetite, conjuntivite e tosse. Logo depois aparecem manchas brancas dentro da boca e na face interna das bochechas. Depois vem erupções avermelhadas na pele, que começam na face e progridem em direção aos braços e pernas.

O infectologista explica que a erupção dura cerca de uma semana e, nesta fase, o paciente tem mais febre e se sente pior. Assim que a erupção começa a desbotar o paciente se sente melhor e a febre cai, a menos que tenham ocorrido complicações da doença. Ao todo, a doença dura mais ou menos 10 dias e o último sintoma que some é a tosse.

Diagnóstico e tratamento do sarampo

O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e, quando necessário, confirmado por exame de sangue. Não há tratamento antiviral específico. O tratamento é sintomático e das complicações tratáveis, como a pneumonia, explica o infectologista.

Para os casos sem complicação manter a hidratação, o suporte nutricional e diminuir a hipertermia. Muitas crianças necessitam de quatro a oito semanas, para recuperar o estado nutricional que apresentavam antes do sarampo.

Vacinação contra o sarampo

A prevenção do sarampo é com vacina. Segundo o especialista, ela é extremamente efetiva e tem poucos riscos. As crianças devem tomar duas doses da vacina combinada contra rubéola, sarampo e caxumba (tríplice viral): a primeira, com um ano de idade e a segunda entre quatro e seis anos.

Os adolescentes, adultos e, principalmente, no contexto atual do risco de importação de casos, os pertencentes ao grupo de risco, ou seja, trabalhadores de portos e aeroportos, hotelaria e profissionais do sexo, também devem tomar a vacina tríplice viral ou dupla viral (contra sarampo e rubéola).

Mulheres grávidas ou que possam engravidar dentro de 90 dias não devem ser vacinadas. Pacientes com leucemia, linfomas, HIV/Aids e outros problemas sérios de imunidade devem ser avaliados individualmente.

Outras referências:
http://www.bio.fiocruz.br/index.php/sarampo-sintomas-transmissao-e-prevencao
http://drauziovarella.com.br/crianca-2/sarampo/
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/sarampo