Sarampo: conheça a importância da vacinação

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou como “uma tragédia inaceitável” o aumento de 400% nos casos de sarampo na Europa no ano passado. O forte crescimento foi o resultado de surtos registrados em 15 dos 53 países da região. O motivo? Os não-vacinados.

Acontece que a vacinação, capaz de eliminar a quase zero o número de pessoas afetadas por doenças como o sarampo, depende da coletividade. Segundo a OMS, existem países em que o sarampo foi erradicado. Mas, na prática, as taxas de vacinação precisam ser altas para que funcione.

Como a população não-imunizada persiste, mesmo que a taxa média de vacinação na Europa seja de 95%, existem bolsões em que a vacinação pode ser inferior a 80% – uma estatística baixa o suficiente para que a doença se espalhe.

No Brasil, está acontecendo o mesmo: desde 2001, o sarampo é considerado erradicado, mas a chegada de refugiados, como acontece em Roraima com os venezuelanos, pode trazer a doença de volta. Daí a necessidade de seguir sempre vacinando a população.

Conheça fatos importantes sobre o sarampo e a vacinação:

– O sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa causada por vírus e, normalmente, transmitido pelo contato direto e através do ar;

– É também uma das principais causas de morte entre crianças pequenas – embora a vacina esteja disponível desde 1963;

– Antes da criação da vacina e da imunização generalizada mundo afora, as principais epidemias ocorriam a cada 2 ou 3 anos. E o sarampo chegou a causar em torno de 2,6 milhões de mortes por ano;

– As crianças pequenas não-vacinadas são o maior grupo de risco para o sarampo e suas complicações. As mulheres grávidas não-vacinadas também são um grupo de cuidado, já que não é permitido tomar a vacina já na gravidez, e então é preciso evitar o contato com pessoas em locais fechados, por exemplo;

– O vírus do sarampo afeta principalmente o trato respiratório e depois é que as marcas na pele aparecem. Os primeiros sinais do sarampo se assemelharem a uma forte gripe com febre alta, que começa cerca de 10 a 12 dias depois de a pessoa contrair o vírus;

– Após 4 a 7 dias desse estado é que vem a erupção cutânea, geralmente no rosto e no pescoço. Durante cerca de 3 dias, a erupção se espalha, às vezes atingindo as mãos e os pés. Isso dura de 5 a 6 dias e depois costuma desaparecer. Portanto, a doença permanece por um intervalo de 4 a 18 dias, pelo menos;

– A imensa maioria das mortes por sarampo (mais de 95%) ocorrem em países com baixos investimentos em saúde e infraestrutura precária, já que curar a doença depende de boa alimentação, hidratação, suplementação de vitaminas e controle de doenças decorrentes, como a pneumonia.

Sobre a vacina

Chamada de Tríplice Viral, a vacina contém vírus atenuados do sarampo, da rubéola e da caxumba – e deve ser tomada pelas crianças aos 12 meses. Mas, em geral, a vacina está sempre disponível nos postos de saúde para crianças e adultos (em uma ou duas doses, com intervalo que depende da idade).

Revisão técnica

  • Prof. Dr. Max Grinberg
  • Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
  • Autor do blog Bioamigo

Fonte: site Coração e Vida, produzido com a curadoria do cardiologista Dr. Roberto Kalil Filho.