Setembro Amarelo é o período dedicado à prevenção do suicídio, que vitima em torno de 800 mil pessoas anualmente em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa se suicida. No Brasil, oitavo país que mais perde vidas dessa maneira, essa estimativa gira em torno de uma vítima a cada 45 minutos.
O suicídio é muito perigoso e faz mais vítimas principalmente entre os jovens, sendo que, em pessoas com idade entre 15 e 29 anos, chega a matar até mais do que o vírus HIV. Em contrapartida, idosos com mais de 70 anos também são considerados um grupo de risco. Há também um recorte de gênero, pois por adotarem métodos mais violentos, a taxa de mortalidade por suicídio referente aos homens é até 3 vezes maior do que a taxa das mulheres. O público feminino, porém, possui um número médio maior de tentativas.
A OMS afirma que boa parte dos suicídios podem ser evitados, pois muitas vezes a vítima sofre de problemas decorrentes da depressão e do alcoolismo, por exemplo. É muito comum também que pessoas que pretendem se matar apresentem indícios, muitas vezes manifestando essa intenção. Por isso, devemos ficar atentos às pessoas ao nosso redor, sem achar que se trata apenas de uma forma de chamar atenção, pois muitas vezes não é. Outro período de risco é aquele logo após uma tentativa que não deu certo. Muitas vezes pode se pensar que a pessoa que sobreviveu não cogitará nunca mais a ideia de se matar, enquanto na verdade o período após a alta hospitalar é aquele em que a pessoa estará mais fragilizada.
A campanha Setembro Amarelo nasceu justamente para atentar a população em relação a esses fatores. Porém, há alguns pontos que merecem um cuidado redobrado ao falarmos a respeito do suicídio. A principal questão é a disponibilidade para conversar com algum suicida em potencial. Embora sejam boas as intenções, muitas vezes não temos a habilidade de amparar alguém nessa situação, podendo fazer com que a pessoa se sinta culpada e a situação se agrave. O mais recomendável é se mostrar sensível à situação e disponível para procurar ajuda especializada ao lado da pessoa em questão.
Embora parte dos suicidas deem indícios, muitos deles nunca foram diagnosticados com qualquer distúrbio mental. Por isso, seja solidário e atento com as pessoas próximas de você.
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