O Ministério da Saúde divulgou recentemente o primeiro boletim epidemiológico sobre o aumento dos casos de microcefalia em sete cidades do Nordeste, e uma das hipóteses principais é a infecção pelo Zika virus.
O Laboratório de Flavivírus, da Fiocruz, detectou material genético do vírus nas amostras de líquido amniótico de duas gestantes da Paraíba, mas tanto o Ministério da Saúde quanto o instituto ressaltam que ainda não é possível ter certeza sobre a causa para o aumento de microcefalia registrado.
Em nota oficial, a pasta afirma que todas as hipóteses estão sendo minuciosamente analisadas e qualquer conclusão neste momento é precipitada, já que as análises não foram finalizadas.
Até agora, foram notificados 399 casos da má-formação em recém-nascidos de sete estados da região Nordeste. O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (268), seguido por Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8).
A microcefalia é uma má-formação congênita em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como exposição a substâncias químicas e a agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
Orientações:
1- Gestores e profissionais de saúde: o Ministério da Saúde orienta que todos os casos de microcefalia sejam comunicados imediatamente por meio de um formulário online, disponível em todas as secretarias de saúde.
2- Gestantes: é necessário que mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo médico. O ministério reforça, ainda, a orientação de não consumirem bebidas alcoólicas ou qualquer outro tipo de drogas, não utilizarem medicamentos sem orientação médica e evitarem contato com pessoas em estado febril ou que apresentem infecções.
3- É importante, também, que as gestantes adotem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e que se protejam da exposição aos mosquitos. Para isso, a orientação é manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Fonte:
Drauzio Varella