Por que a transmissão da gripe H1N1 é maior no frio?
O tempo frio em si não é responsável pela transmissão de doenças virais. Mas, é nessa época do ano que as pessoas tendem a ficar aglomeradas em lugares fechados, sem ventilação, aumentando os riscos de contágio.
Além disso, pessoas com alergias respiratórias que desencadeiam episódios de asma, rinite e bronquite, sofrem mais com o ar seco e com cobertores e casacos guardados há muito tempo. Esse grupo também é mais suscetível a complicações respiratórias geradas pela gripe H1N1 e outros tipos.
Como acontece a transmissão da gripe H1N1 e quais os grupos de risco?
A transmissão da gripe H1N1 acontece da mesma forma que a gripe comum. Os vírus passam de pessoa para pessoa por meio de tosse, espirro ou contato com saliva e objetos contaminados. É possível contrair a doença ao encostar a mão em uma superfície contaminada e depois levar à boca ou nariz, por exemplo.
O principal fator de risco é o contato com pessoas infectadas, mas, algumas coisas podem aumentar a gravidade da infecção pelo H1N1:
- Idade menor de dois anos e maior que 65 anos;
- Mulheres grávidas;
- Pessoas com doenças pulmonares, cardíacas, renais, hepáticas ou sanguíneas;
- Portadores de HIV ou pessoas que tomam medicamentos imunossupressores;
- Estar internado;
- Obesidade;
- Pessoas com menos de 19 que tomaram aspirina por longo prazo.
Sinais e sintomas da gripe H1N1 podem ser confundidos com os da gripe comum
Os sintomas da gripe H1N1 demoram de três a sete dias para aparecer depois que você foi exposto ao vírus. Eles são muito parecidos aos de uma gripe comum:
- Febre alta repentina;
- Tosse;
- Dor de cabeça e no corpo;
- Garganta inflamada;
- Coriza.
- Olhos lacrimejantes;
A diferença é que os sintomas da gripe H1N1 podem se manifestar de forma mais intensa e causar danos maiores ao sistema respiratório e até levar à morte caso você não procure ajuda médica a tempo. Fique atento aos sinais de complicação:
Em adultos:
- Falta de ar;
- Os sintomas desapareceram e depois voltaram mais intensos e com febre alta;
- Dor no peito ou abdômen;
- Vômito intenso ou incessante;
- Confusão;
- Tontura;
- Escarro com sangue.
Em crianças:
- Dificuldade para respirar;
- Pele azulada ou acinzentada;
- Vômito intenso;
- Dificuldade para acordar;
- Erupção cutânea;
- Falta de atenção e de vontade de brincar;
- Os sintomas desapareceram e depois voltaram mais intensos e com febre alta;
- Irritabilidade excessiva.
Se suspeitar que você ou alguém próximo está com a doença, procure atendimento médico imediatamente, mas nunca tome ou dê medicamentos por conta própria. Se o diagnóstico for confirmado, o tratamento é feito com o uso de medicamento antiviral.
Medidas de prevenção para o H1N1
A vacina disponível contra a gripe também previne o H1N1 e deixa imune contra a doença por um ano. Ela é oferecida pelo sistema único de saúde (SUS) todo ano, entre os meses de abril e maio, para os seguintes grupos:
- Trabalhadores da saúde;
- Povos indígenas;
- Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto);
- Idosos;
- Professores de escolas públicas e privadas;
- Pessoas com doenças crônicas ou imunidade baixa;
- Jovens sob medidas socioeducativas;
- Funcionários do sistema prisional;
- Pessoas privadas de liberdade;
- Profissionais das forças de segurança e salvamento (policiais, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas).
Além da vacinação anual, é importante adotar algumas medidas de higiene para evitar a infecção por qualquer gripe – tanto a comum quanto a H1N1:
- Cubra o nariz e a boca com um lenço de papel quando tossir ou espirrar e depois jogue o lenço no lixo;
- Lave as mãos com água e sabão com frequência. Passar álcool gel nas mãos também é eficiente;
- Evite tocar seus olhos, nariz ou boca, pois os germes se espalham dessa maneira;
- Sempre que possível, evite aglomerações ou locais pouco arejados;
- Evite contato próximo com pessoas doentes.
Fonte: parceiro Qualicorp.