Sarampo: entenda por que a doença voltou no Brasil

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Fundo azul claro, com recorte de papel de pessoas dando as mãos formando um círculo - Qualicorp
Após quase três anos considerado erradicado no país (em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde o certificado de eliminação da circulação do vírus), o agente causador do sarampo voltou a circular no Brasil. Entre os principais motivos, está a queda na adesão à vacina. “Há grupos, sem nenhuma lógica científica, que fazem campanha contra vacinas”, explica o infectologista David Uip. “O sarampo pode causar complicações, não tem porquê correr esse risco”, enfatiza.

A vacina tríplice viral – que além de proteger contra o sarampo, também protege contra caxumba e rubéola – deve ser tomada a partir do primeiro ano de vida. São duas doses – a segunda é indicada ainda na primeira infância, aos 15 meses de idade -, mas quem não tomou, pode e deve complementar a proteção até os 40 anos de idade. De acordo com o infectologista, a baixa adesão à segunda dose contribui para a volta da doença, uma vez que garante eficácia de 97% da imunização.

Apesar de ter uma vacina segura e ofertada gratuitamente nos postos de saúde públicos de todo o país, até julho deste ano, mais de 350 casos de sarampo foram diagnosticados somente no estado de São Paulo. Entre os principais sintomas da doença – cuja duração varia de três a cinco dias – estão febre alta, mal-estar, prostração e vermelhidão na pele. Alguns casos de sarampo podem evoluir para complicações sérias, como meningite e pneumonia virais – além de complicações bacterianas, como pneumonia e sinusite.

Extremamente contagioso, o sarampo é uma doença viral que pode atingir pessoas de qualquer idade que não estejam imunizadas. Como não há tratamento específico para a condição, apenas controle dos sintomas, a única forma de prevenção é por meio da vacinação. Se grande parte da população não se vacina de maneira adequada, fica vulnerável. Além de imunizar individualmente, a vacinação tem efeito de proteção em massa: quem estiver protegido, não transmite a doença.

Revisão técnica

  • Prof. Dr. Max Grinberg
  • Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
  • Autor do blog Bioamigo

Fonte: site Coração e Vida, produzido com a curadoria do cardiologista Dr. Roberto Kalil Filho.

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