O que é o tétano

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O tétano é uma doença infecciosa e não contagiosa. Ela não passa de uma pessoa para outra. É causada por substâncias, toxinas, produzida pela bactéria Clostidium tetani, explica o infectologista Marco Aurélio Góes.

O bacilo do tétano que provoca alterações no sistema nervoso. O bacilo do tétano é encontrado na natureza, em fezes, terra, galhos, poeira das ruas etc. Sua transmissão acontece quando ele entra em contato com a pele com ferimentos. Desta forma, ele começa a produzir as toxinas.

Esporos da bactéria podem permanecer inativos no solo, mas eles continuam sendo infecciosos por mais de 40 anos. A bactéria é encontrada nas fezes de animais ou humanos que se depositam na areia ou na terra. A infecção acontece com a entrada das bactérias por qualquer tipo de ferimento na pele.

Esses esporos, então, liberam bactérias que se espalham e formam um veneno chamado tetanospasmina, que bloqueia os sinais neurológicos da coluna vertebral para os músculos, causando espasmos musculares intensos.

Sintomas

O tempo entre a infecção e os primeiros sinais dos sintomas é geralmente de 7 a 21 dias. A maioria dos casos de tétano ocorre em indivíduos que não foram devidamente vacinados contra a doença.

A toxina da bactéria causa espasmos musculares, inicialmente nos músculos do pescoço e da mastigação, causando rigidez progressiva, podendo afetar os músculos que ajudam na respiração e ocasionar problemas respiratórios. A ação muscular prolongada causa contrações repentinas, fortes e dolorosas de grupos musculares, podendo levar a fraturas e rompimentos musculares.

Outros sintomas incluem babar, suor excessivo, febre, espasmos nas mãos ou nos pés, irritabilidade, dificuldade ao engolir, micção ou evacuação descontrolada. As complicações são graves e a pessoa infectada necessita de internação em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O tempo de incubação varia de 2 a 21 dias; quanto menor o número de dias, maior a gravidade.

Diagnóstico e tratamento

Não existe um teste de laboratório específico para determinar o diagnóstico do tétano. Outros testes podem ser usados para excluir doenças com sintomas similares, mas o diagnóstico é feito pelos sintomas clínicos e história de lesões de pele sem tratamento adequado.

O tratamento, explica o infectologista, só deve ser feito em Unidade Hospitalar que possua leitos de retaguarda de UTI, pois muitas vezes os pacientes necessitam de respiração com ajuda de aparelhos.

Ele é baseado na sedação do paciente, uso de soro para neutralizar a toxina tetânica, antibiótico e limpeza da lesão da pele por onde penetrou o bacilo, além das medidas de suporte. Sem tratamento, uma em cada quatro pessoas infectadas morrem.

As feridas na cabeça ou no rosto parecem ser mais perigosas do que as feridas em outras partes do corpo. Se o indivíduo sobreviver à fase aguda da doença, a recuperação é geralmente concluída. Episódios não corrigidos de falta de oxigênio causados por espasmos musculares na garganta podem causar danos cerebrais irreversíveis.

Prevenção do tétano

no Brasil é feita vacinação de rotina e reforço na imunização dos chamados grupos de risco, como agricultores, trabalhadores da construção civil e aposentados, grupo com maior risco de se ferir com objetos de metal.

O calendário de vacinação conta com a pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, doenças causadas pelo Haemophilus influenza tipo b, como meningite, e hepatite B), com a DTP, para crianças de um e quatro anos, e com a DT Adulto, disponível para reforço a cada 10 anos.

Limpar bem todas as feridas e ferimentos e remover tecidos mortos ou muito danificados e sujos (quando indicado) pode reduzir o risco de desenvolver tétano. Se a pessoa tiver se ferido em uma área externa ou de uma forma em que o contato com o solo tenha sido provável, o melhor é consultar um médico o mais rápido possível sobre o risco de tétano.

Outras referências:
http://www.bio.fiocruz.br/index.php/tetano-sintomas-transmissao-e-prevencao
http://www.mayoclinic.com/health/tetanus/DS00227
http://www.cdc.gov/tetanus/about/