Dia Internacional do Idoso

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No dia 1º de outubro comemora-se o “Dia Internacional do Idoso”, quando a sociedade volta-se para a temática e sensibiliza-se para as questões relativas ao envelhecimento. Os desafios são muitos, mas também há avanços em todas as áreas, visando um envelhecimento ativo, definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança de forma a promover qualidade de vida à medida que se envelhece“.

Na Fonoaudiologia, por exemplo, o papel do fonoaudiólogo – enquanto profissional da saúde – transcende a avaliação, diagnóstico e habilitação/reabilitação das alterações de audição, linguagem, motricidade oral/disfagia e voz, uma vez que a comunicação humana, objeto de ação da Fonoaudiologia, é fundamental para garantir a participação social dessa população.

Descreveremos, de forma resumida e simplificada, as contribuições da Fonoaudiologia para um envelhecimento ativo, considerando-se as diversas especialidades da área:

Audiologia: A perda auditiva devido à idade, apontada como a principal causa de deficiência auditiva nos idosos, atinge cerca de 30% da população com mais de 65 anos de idade. Quanto maior a perda auditiva, maior é seu impacto na vida do idoso, podendo trazer consequências para seu bem-estar psicológico e qualidade de vida. A indicação de dispositivos eletrônicos de amplificação sonora (aparelhos auditivos) e a reabilitação auditiva contribuem para a melhora da percepção dos sons da fala e do ambiente, promovendo a melhora da comunicação e consequentemente da qualidade de vida.

Linguagem: A linguagem é uma função mental superior, serve de veículo para a comunicação e no idoso poderá ser afetada por doenças como Parkinson, Alzheimer, AVC (derrame) entre outras, levando a prejuízos na interação social de graus variáveis. Realizar palavras cruzadas, participar de jogos e desafios, realizar leituras frequentes, aprender uma língua são atividades que interferem positivamente na linguagem do idoso. Para os casos de dificuldades de linguagem instaladas, o fonoaudiólogo é indispensável no processo de reabilitação.

Motricidade Oral/Disfagia: No processo de envelhecimento, há diminuição de movimentação de toda a musculatura orofacial utilizada na fala, na expressão de sentimentos por meio de gestos faciais e na deglutição. Os idosos apresentam maior propensão a disfagia (nome dado à dificuldade de deglutição), ou a episódios de engasgos frequentes, que também caracterizam a disfagia, que poderá interferir diretamente em sua saúde física e nutricional. Além disso, não podemos desconsiderar que a alimentação está presente em muitas situações sociais e dificuldades nesta área poderão privar o idoso de participar de festas ou de almoços em família. O fonoaudiólogo previne e trata a disfagia, evitando internações hospitalares por broncoaspiração de alimentos e garantindo melhor qualidade de vida.

Voz: Assim como o corpo, a voz também passa por um processo de envelhecimento, denominado presbifonia. A Fonoaudiologia poderá contribuir para a manutenção da qualidade de voz da pessoa idosa, tornando-a mais forte, clara e inteligível, o que favorece os contatos e interação social do idoso.

Saúde Coletiva: No que se refere à saúde da pessoa idosa no Brasil, a proposta é a construção de redes de cuidado e práticas intersetoriais específicas para essa população, com vista ao envelhecimento saudável e ativo. Busca-se estimular a qualidade de vida, incentivar programas de atividades físicas, atividades em grupo, criação de bairros e cidades “amigas do idoso”, com ações voltadas para aspectos como transporte, moradia, espaços públicos acessíveis e estabelecimentos de saúde específicos.

Fontes:
Comissão de Saúde do Conselho Regional de Fonoaudiologia 2ª Região/SP