Mês da mulher: alimentação e equilíbrio

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Ser mulher não é uma tarefa fácil, afinal, conciliar a vida pessoal com a profissional é algo que requer habilidade, principalmente para quem vive nas grandes cidades. De acordo com um estudo realizado em 2014 pela Beneficência Portuguesa de São Paulo, mulheres são mais estressadas do que homens, sendo a principal queixa a necessidade de conciliar trabalho, família e cuidados com a casa.

Além do estresse, o público feminino também pode ser alvo de diversas doenças, como alterações hormonais – que aumentam o risco de depressão –, desejo de gestação frustrada, falência ovariana prematura por volta dos 35 anos e a endometriose, que limita a mulher tanto no aspecto profissional, por causa das fortes dores, quanto no pessoal, quando a mulher tem o desejo de ser mãe e a doença provoca infertilidade.

Mesmo com tantos desafios é possível encarar o dia a dia e ainda ser saudável. O fundamental é manter-se ativa, conforme explica o ginecologista e obstetra Renato Kalil.

No entanto, apenas exercícios físicos não bastam para que a mulher mantenha a saúde em dia. O médico destaca que é necessário, quando possível, trabalhar com algo que goste, ter uma alimentação regrada e manter o sono em dia.

“É fundamental para a mulher ter o ciclo circadiano equilibrado”, completa Kalil. O ciclo circadiano nada mais é do que nosso relógio biológico, que nos mantêm mais ativos durante o dia e nos desacelera à noite, além de regular o comportamento hormonal de acordo com a fase do dia.

Em suma, o segredo é apostar em atividades que proporcionem prazer e bem-estar. “A dica é pensar na qualidade de vida. Sei que hoje em dia, principalmente para o brasileiro, isso é difícil, mas é preciso buscar o equilíbrio”, destaca o médico. “Alimentação saudável, trabalho saudável e uma vida equilibrada”.

Veja abaixo algumas coisas que a mulher pode fazer para cuidar bem da saúde:

Atividade física: “O mais importante é o exercício físico. Isso faz com que o metabolismo se mantenha em um ritmo normal, fornecendo todas as condições hormonais normais para a mulher”, explica o ginecologista Renato Kalil.

Além disso, a atividade física regular protege a mulher contra doenças cardiovasculares e até mesmo contra câncer de mama. Quer melhor motivo para começar a se mexer?

Exames em dia: ir ao ginecologista anualmente e fazer os exames recomendados pelo médico é uma medida para evitar problemas mais sérios, afinal, se algo estiver errado, é ainda possível detectar no início, aumentando as chances de sucesso em um tratamento.

Cuidar da saúde mental: por causa da variação hormonal, a mulher tem duas vezes mais chance de ter depressão do que homens. Por essa razão, é preciso sempre ficar de olho na saúde mental, consultando um médico ou psicoterapeuta quando sentir sintomas de depressão, como fadiga sem motivo aparente, irritabilidade, desesperança, alterações no sono ou tristeza.

Controlar o estresse: por causa da sobrecarga, muitas mulheres enfrentam o estresse no dia a dia, o que é nocivo à saúde. O ideal é tentar ajustar um tempo durante o dia para alguma atividade relaxante, ou procurar fazer acupuntura ou meditação, que contribuem para a redução do estresse.

Alimentação saudável: é preciso que a mulher tenha uma alimentação equilibrada para manter a boa saúde. A regra para uma boa alimentação é simples, basta priorizar alimentos in natura em detrimento aos ultraprocessados. Além disso, diminuir o consumo de gordura saturada e evitar o excesso de carboidratos e açúcares é fundamental.

Revisão técnica

  • Prof. Dr. Max Grinberg
  • Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
  • Autor do blog Bioamigo

Fonte: site Coração e Vida, produzido com a curadoria do cardiologista Dr. Roberto Kalil Filho.