Síndrome do Pânico: o medo de ter medo

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Imagine, repentinamente, um surto de ansiedade e desespero incontroláveis. Trata-se de um medo crescente que chega a sair do aspecto psicológico e se soma com manifestações físicas, como taquicardias, sudoreses e falta de ar. O indivíduo sente-se impotente e, imerso na crise, chega acreditar na possibilidade de morte iminente.

Esses são alguns dos sintomas da Síndrome do Pânico, transtorno que atinge cerca de 1% da população brasileira e que não faz distinção de idade. Embora seja predominante em pessoas no auge da idade adulta, o transtorno já foi observado tanto em crianças quanto em idosos. Além dos diagnosticados, cerca de 5% dos brasileiros já afirmaram terem tido ao menos uma crise como a descrita acima.

A síndrome é caracterizada por crises de medo crescentes e inesperadas. Atingem seu pico em torno de 5 minutos e tem uma duração média entre 10 a 20 minutos. Além das crises, a pessoa que sofre do transtorno fica submetida a uma ansiedade constante, temendo o retorno de um novo surto, que pode se manifestar em qualquer lugar e a qualquer momento.

Embora possam estar acompanhadas uma da outra, é importante pontuar que depressão e Síndrome do Pânico são problemas diferentes. O depressivo é acometido por uma negatividade constante, perde o prazer de viver. Aquele que sofre com os surtos de pânico, por sua vez, sofre principalmente com a ansiedade causada pelo medo de uma nova crise. O transtorno é também erroneamente confundido com diversas fobias, principalmente a Fobia Social. Por isso a necessidade de um diagnóstico especializado.

De acordo com especialistas, o tratamento consiste na associação de medicamentos com psicoterapia. É importante lembrar que o tratamento deve ser mantido até o fim. Cerca de um em cada três pacientes abandonam o tratamento e, nesses casos, as chances dos surtos voltarem são altíssimas. Além dos remédios e do acompanhamento psicológico, médicos apontam os benefícios das atividades físicas que, por causarem reações físicas existentes nas crises (sudorese, taquicardia), podem contribuir com o processo de dessensibilização.

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