Positividade: Qual a medida?

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Em momentos de dificuldade e principalmente quando nos assola uma falta de perspectiva futura, buscamos por pensamentos, situações e até pessoas “positivas”, na busca de nos contagiarmos por esse olhar positivo.

Porém é quase que automático que nos cobramos por essa positividade encontrada externamente, o que nem sempre alcançamos, afinal de contas temos experiências, limites e necessidades diferentes. O resultado, por vezes, é o que temos chamado de positividade tóxica.

O processo de intoxicação, geralmente, evidencia o contato excessivo ou frequente com determinado composto, tendo por resultado sintomas nocivos, pensar a ideia de uma positividade tóxica, nos leva a crer numa excessiva exposição não apenas à positividade, mas à cobrança de ser positivo e à frustação de não corresponder e essas expectativas.

Produtividade em massa, índices abismais de superações físicas e mentais, beleza, além de vidas sociais impecáveis. Com frequência esses são gatilhos para a introdução a uma rotina de frustrações. Entretanto, também é o que alimentamos em redes sociais e profissionais, o que nos coloca em certa medida afetados, mas também afetantes. Esse mecanismo tende a funcionar bem próximo a um círculo vicioso.

Nos permitimos mostrar apenas a melhor parte de nós, sendo aparentemente perfeitos, olhar isso no outro nos aponta diretamente as imperfeições que tentamos evitar, característica intrínseca da condição humana.

Como minimizar os impactos da positividade tóxica?

Algumas ações simples podem interagir de forma bastante eficaz em relação aos sintomas resultantes:

  • Diversificar suas atividades de rotina, evitando manter-se na mesma time line por muito tempo.
  • Buscar atividades mais íntimas como leitura, jogos, atividades físicas que estejam alinhas ao seu prazer e necessidade.
  • Ficar pelo menos uma hora por dia consigo mesmo, apreciando a própria companhia.

Essas são algumas sugestões, mas a dose é individual e personalizada. O intuito principal é retornar o olhar para as suas necessidades reconhecendo-as e diminuir a pré-disposição à correspondência da necessidade do outro.

De início essa tarefa pode parecer difícil, um profissional de saúde mental pode lhe ajudar com o processo de autoconhecimento e cuidado dos sintomas.

Todos estamos sujeitos às relações tóxicas, mas o detox é uma fórmula personalizada para cada pessoa e suas necessidades, necessitando requente revisão.

Algumas leituras podem te ajudar a iniciar esse cuidado: