Qual o sentido de “nós”?

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A busca pelo sentido, da vida ou da morte ou dos sentimentos, não é pauta nova.

Hoje, nos vemos em meio a sentimentos grandiosos, porém sem grande sentido e talvez, como resultado, tenhamos esse vazio que é quase completo de um nós que, na verdade, pouco conhecemos.

Os sentimentos pedem um vazio que, por sua vez, pede sentido. Sentido ou sentimento, quem sabe encontramos a vida? Quem sabe encontramos a morte? Quem sabe encontramos a nós?

Mas quem somos, distantes do que fazemos, do que pensamos e até do que temos? Será este nosso medo? Uma angústia nos vermos, em vida, no passado sem um vislumbre do futuro e não nos vermos em mais que matéria no presente e nisto a cada dia o passado vai se esvaziando, cheio do vazio presente.

Saudade dos filhos, dos pais, amigos… Saudade do trabalho, da academia, das aulas, do transporte, do passeio público e do público no passeio. Estávamos bem adaptados a ser tudo isso, mas, quem somos nós sem esse ¿tudo¿? E é pura angústia, não se encontrar, não se perceber… Afinal não nos temos nem a nós?

É preciso coragem para se encontrar e se sentir, mas é preciso? Parece ser. Afinal que nos adianta sabermos o passado, o presente ou o futuro sem que saibamos nossa própria existência?

Talvez, não saibamos o futuro, mas o passado realmente sabemos? E o presente onde agimos, que outrora foi futuro e já é quase passado. Neste presente o que sabemos de nós?

Às vezes nos enganamos com a certeza do hoje e a angústia do amanhã, pois no hoje e no amanhã, estamos tanto quanto na ausência do ontem.
Mergulhar nesse tempo pode gerar, produzir tanto sentido, angústia… Mas quem somos e o que sofremos? Que vida vivemos? Ou melhor, que morte estamos vivendo?

Fonte:Dr. Celso Visconti Evangelista.