Bichectomia: entenda como funciona a cirurgia

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Apesar de simples, procedimento pode trazer complicações para a saúde

Em busca de um corpo perfeito, as cirurgias plásticas têm ganhado cada vez mais adeptos. A bola da vez é a bichectomia, que promete um rosto mais sensual e livre do aspecto bochechudo com a retirada das bolsas de gordura das laterais da face.

Esse compartimento adiposo também é conhecido como bola de Bichat, em homenagem ao anatomista e fisiologista francês Marie François Xavier Bichat (1771-1802), responsável pela descoberta da estrutura.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), entre 2014 e 2016, o número de bichectomias quadriplicou, sendo realizadas mais de 40 cirurgias desse tipo por mês em todo o país.

De acordo com o cirurgião plástico Marcelo Rodrigues da Cunha Araújo, a procura é maior entre as mulheres com idades entre 18 e 60 anos. “A bichectomia é indicada para pessoas que têm a bochecha bem gordinha desde criança. A gordura bucal é profunda, de caráter genético e não está ligada à variação de peso corporal do paciente”, destaca Araújo.

O procedimento é simples, rápido e pode ser feito com anestesia local ou sedação do paciente. Em pouco mais de meia hora, a gordura é retirada através de um pequeno corte (de meio centímetro) feito por dentro da cavidade oral – o que evita cicatriz aparente. A recuperação é igualmente rápida. Depois de três dias de inchaço local, repouso e compressas frias, o paciente já está liberado para as atividades de rotina, inclusive exercícios físicos.

Como qualquer outra cirurgia, a bichectomia pode trazer riscos aos pacientes quando não realizada da maneira adequada e por um médico experiente. Os mais comuns são paralisia facial, hematomas e lesão parcial ou total de músculos do rosto.

Araújo completa que a cirurgia deve ser realizada por médicos habilitados, pois a gordura está localizada em uma região delicada da face, entre os músculos da mastigação e próximo aos nervos da face, que permitem a movimentação do rosto.

Revisão técnica

  • Prof. Dr. Max Grinberg
  • Núcleo de Bioética do Instituto do Coração do HCFMUSP
  • Autor do blog Bioamigo

Fonte: site Coração e Vida, produzido com a curadoria do cardiologista Dr. Roberto Kalil Filho.

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